Deputado federal por São Paulo tenta proibir lutas violentas nas TVs abertas e A Cabo
Alguns especialistas em artes marciais reconhecem que lutas livres, UFC ou MMA contêm mais violência do que propriamente esporte e fogem do universo cultural e oriental de outras competições tradicionais ou olímpicas, outros já se colocam contra o projeto do deputado federal (PT-SP) José Mentor que, diante de críticas de educadores, de esportistas e de lideranças de cidadania, quer proibir estas lutas de violência mais explícita nas televisões brasileiras: "Uma coisa é o contato físico e a disputa própria do esporte, mas algumas destas lutas realmente extravasam o esporte e podem estimular ainda mais a cultura da violência, um câncer das atuais sociedades de consumo", comenta o ecologista Padinha, o editor de conteúdo daqui do nosso blog Folha Verde News, ao divulgar aqui a matéria de Márcio Antunes sobre esta polêmica. A matéria está hoje na edição digital da Revista Ragga e no site do jornal de BH, O Estado de Minas. O MMA conquistou popularidade
devido a lutadores brasileiros transformados em ídolos nacionais, campeões em
diversos torneios e categorias mundo a fora. "Mas também, há um esquema comercial em torno, muitos interesses e as lutas de UFC e MMA têm sido enfiadas goela adentro dos telespectadores brasileiros em especial pela Rede Globo, no caso, pensando mais em audiência e faturamento", critica ainda Padinha aqui do nosso blog de ecologia e de cidadania. Estas lutas faturam bilhões
de dólares todos os anos tem atraído também a atenção de variados setores do país que as consideram
violentas. A polêmica em torno da disuctida violência promovida por estas lutas foi
parar no Congresso Nacional em Brasília (DF). O deputado federal e advogado, José Mentor (PT-SP)
propôs o projeto de lei 5.534/2009 que visa proibir a transmissão das lutas não
olímpicas, caso do MMA, em TVs brasileiras (abertas e fechadas). O ringue agora
é no Congresso Nacional, que deve receber uma audiência pública ainda neste
ano. A batalha começou ainda em 2009, ano em que o projeto de lei foi criado pelo
deputado José Mentor: “Nosso objetivo é proibir o televisionamento de lutas
agressivas e brutais que banalizam e propagandeiam a violência pela violência,
sem qualquer outra mensagem, pela TV, que é uma concessão estatal. Éder Jofre,
por exemplo, bicampeão mundial de boxe, é um dos veementes opositores ao MMA,
que tem pouco de esporte e muito de ‘briga de rua’, onde vale tudo”, afirma.
Mentor se atém às mortes de atletas do MMA, em decorrência da intensidade dos
golpes sofridos, sobretudo na cabeça. “Basta assistir a um único embate para
ver a brutalidade e a contundência dos golpes, desde pontapés e joelhadas na
cabeça até cotoveladas no rosto, chaves de braço e ‘mata-leões’”, ressalta
Mentor. O deputado não sabe precisar quantas mortes foram registradas em
competições deste tipo, mas aponta que, de fato, pessoas morreram durante as
lutas. “Ainda não há levantamentos oficiais, mas pelo menos três casos ficaram
famosos, em apenas 13 anos da luta: o primeiro em 1998, na Ucrânia, e outros
dois nos Estados Unidos, um em 2007 e outro em 2010”, argumenta Mentor. A polêmica
atinge diretamente a Rede Globo, que negociou recentemente a renovação do
contrato de exclusividade para transmitir as lutas do UFC por R$ 1 bilhão. Ela
e o canal Premiere Combate, seu braço na TV por assinatura, têm os direitos de
transmissão até 2022. Desta forma, a maior emissora do país é, mesmo que não
admita, mais uma adversária do deputado paulista neste embate. De acordo com a
assessoria de imprensa do UFC no Brasil, maior e mais importante torneio de MMA
no mundo, ninguém comentará a proposta do deputado paulista. Mas contra ele
está também o ex-boxeador Arcelino Popó de Freitas, tetracampeão nas categorias
Superpena e Peso-Leve. A reportagem procurou o ex-atleta, que também é deputado
federal, mas ele não foi encontrado para comentar a polêmica que envolve o MMA.
Porém, em entrevista ao programa Palavra Aberta, da TV Câmara, em setembro de
2011, ele saiu em defesa e contou que estava em vias de propor a regularização da UFC e do MMA como esporte, embora na prática estas lutas sejam mais um grande negócio. Para se ter idéia disso, a UFC SP que está programada para amanhã (sábado) tem ingressos mais caros do que por exemplo o megasshow de Madona, o bilhete mais barato cuista 400 reais. "Um grande negócio para os seus promotres mas temos que rever a sua livre comercialização na TV, pois quem realmente se interessa pela formação das crianças, adolescentes e jovens brasileiros sabe distinguir e valorizar as artes marciais destas lutas violentas", analisa ainda o ecologista e repórter Antônio de Pádua Padinha, daqui do Folha Verde News: "Temos que desestimular a cultuira da violência se queremos aumentar a qualidade de vida e as chances de evolução das novas gerações, temos mais é que valorizar outros esportes olímpicos e outras tradições culturais que têm a ver com a realidade brasileira".
As lutas tipo UFC e MMA chocam pela violência e integram um megaesquema comercial |
Ao contrário da grande mídia que silencia, sites levantam a polêmica e debatem projeto de José Mentor |
Fontes: Revista Ragga
Por interesse, pressão ou poder da Rede Globo, em geral a mídia tem "blindado" as lutas de UFC e MMA apesar da violência explícita e destas disputas não terem nada a ver com arte marcial ou esportes olímpicos.
ResponderExcluirIndependente de qualquer coisa, temos que pelo menos abrir espaço de discussão de um projeto como este do advogado e deputado federal José Mentor, que corajosamente levanta esta polêmica.
ResponderExcluirDo ponto de vista pessoal do editor deste blog, que é ecologista e esportista, não há megaesquema que justifique tamanha violência, mesmo porque ao contrário destas lutas extremamente violentas e negativas do ponto de vista cultural, dezenas de artes marciais e esportes olímpicos ficam sem espaço nas TVs e na mídia.
ResponderExcluirPadinha deixa claro que para mudar e avança a atual realidade do país e do ser humano é preciso não estimular a cultura da violência. Isso é o que faz este eventos de UFC e MMA.
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